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sábado, 7 de maio de 2011

Poema de Isnelda Weise

Mãe


O sono demora, vai alta a madrugada
Teus olhos cansados, os pés doloridos
Vagam pela noite quando os sentidos
Confiam aguçados enquanto estás calada.

Na palidez da insônia antevês a aurora
A fustigar-te os olhos quase adormecidos
É teu o lamento, o brado destemido
A busca pelo filho que perdeu-se fora.

Pela manhã mãe, à noite erma espera
Amanheces mulher depois viras destino
De luas que espelham tua solidão.

Sombras, tempestades, mãe em toda era
Bússola em mar revolto, teu barco: um menino
Fé é o teu leme, estrela - o coração!

Isnelda Weise

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